Thursday 26 November 2009

Esta coisa da reencarnação continua a perseguir-me...
Se calhar estou como o outro, sempre em busca da garrafa da cerveja, sem nem sequer ter tempo para olhar para tudo o resto em redor...
O que me safa é o momento "sopa da pedra". Ou melhor, os momentos...




"Wish I were. Would have preferred to be one. Oh, yes, absolutely. No two ways about that. Much prefer to be a crow. They don't have to worry about moving to get away from anybody or anything. They just move. They don't have to pack anything. They just go. When they get smashed by something, that's it, it's over. Tear a wing, it's over. Break a foot, it's over. A much better way than this. Maybe I'll come back as one. What was I before that I came back as this? I was a crow! Yes! I was one! And I said, "God, I wish I was that big-titted girl down there," and I got my wish, and now, Christ, do I want to go back to my crow status. My status crow. Good name for a crow. Status. Good name for anything black and big. Goes with the strut. Status."

Philip Roth

Wednesday 25 November 2009

Marés-vivas fora de horas, dando a quem quisesse uma tarde banhada a mar e sol de inverno. O rebentar das ondas, impondo respeito, cativando num ritmo simultaneamente imponente e apaziguador, gerando espuma em catadupas, lembrando erupções vulcânicas feitas de neve marítima... possibilitando um desprendimento perfeito.

Não sei como seria a minha vida se não tivesse tido oportunidade de ver o mar, de me habituar a contar com ele para curar as maleitas da alma, e até do corpo. Sei que se hoje me faltasse, a minha vida seria inevitavelmente mais cinzenta e pesada, mais desprovida de leveza.

Thursday 19 November 2009

Para não me estar a repetir, basta fazer copy/paste das primeiras quatro frases da semana passada e inseri-las aqui. Não há muito mais para dizer, realmente.

E sim, a música dos OqueStrada também se pode manter. No tengo patchorra...

Thursday 12 November 2009

Saudades das maravilhas do silêncio, de tardes passada à beira-rio, com livros por companhia. Deliciosa redenção das palavras mudas, sem necessidade de conversas ocas ou de circunstância. Nostalgia das caminhadas sem destino, pelo prazer de dar o passo, pela leveza de ir sem horário de voltar.
Estamos em Novembro.
Não apanhei trânsito hoje.
Esteve um sol maravilhoso.
Ainda não comprei uma única prenda de Natal.

Querem melhores sinais de que o mundo está prestes a acabar? E não, não vai ser em 2012 como andam por aí a anunciar num filme da treta, igual a todos os outros filmes da treta que o Emmerich já fez. A sério, quantas vezes mais (e de que forma) seremos "obrigados" a ver a destruição da Casa Branca? E da torre Eiffel? E do Taj Mahal? E porque é que nunca assistimos à destruição massiva do Colombo? Isso é que era...


Mañana no tengo patchorra prá ti
Mañana no tengo patchorra prá ti
Mañana no tengo patchorra prá ti
... Mas hoy creo que te amo.

(Creo Cariño, OqueStrada)

Sunday 8 November 2009

Feitas as contas não foi uma semana nem má, nem boa, mas teve os seus inconvenientes e despertou pequenos nadas de inquietude, que podem esmorecer ou sobejar.

A minha intenção era percorrer pela matemática dos factos, sem grandes pormenores ou constatações, vaguear por este estado de espírito insípido e passível de se tornar outro mais definido em cor e contornos.

Mas entretanto ao pé de mim ficou uma gata enroscada. Dormitando junto à minha perna esquerda. Transbordando amor incondicional e carinho, que resiste à minha falta de tempo e às vezes paciência, e percebi que era disso que devia falar, quanto mais não seja para ajudar algumas pessoas a perceber para que servem os gatos.

Thursday 5 November 2009

Quando as palavras não nos servem para nada, quando sentimos que elas não conseguem sequer descrever da forma certa como nos sentimos, o que é que podemos fazer? Bom, o melhor é ainda ficarmos quietos e quedos no nosso cantinho, e deixar que as palavras de outrém, como as belas palavras do João, sejam o farol que ilumina verdadeiramente o nosso estado de alma.

"uma prosa enferrujada
inconviniente e desajeitada
não encontro vestido que me sirva
já não sirvo para nada"

in Esta depressão que me anima, A Naifa