A sala está invadida por papel de embrulho, envelopes, postais e canetas. E mais umas quantas coisas que fazem com que as noites sejam mais ocupadas do que é habitual.
Vão começar as idas ao correios. E às lojas que ainda resistem abertas perante tanta crise, austeridade e tristeza. O frio não ajuda, a chuva muito menos.
E no entanto, são pequenas coisas que preenchem os dias de Dezembro e inspiram sorrisos á espera do que aí vem. Vai ser bom, com toda a certeza.
Só não me pensam balanços. Este ano não vai haver balanços. Prefiro pensar que este foi um ano para, não digo esquecer, mas para dar mais relevo ainda aos anos bons que houve e quem ainda aí vêm. Irremediavelmente optimista me confesso. Sem balanços.
(a dobrar)
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