Thursday, 29 October 2009

Tal como tantas outras coisas a esperança tem de ser qb, para não resultar oca, vazia de sentido, desprovida de realismo. Sim, porque uma coisa é ter esperança, outra é navegar em divagações delirantes que muitas vezes roçam o doentio e acabam por limitar o que de facto existe, o que de facto tem potencial para despertar.

Talvez viver seja isso, acreditar (lutando as vezes que forem necessárias) sem perder a noção da realidade (e isso implica o bom e o mau que a realidade tem, porque muitas vezes o que há de bom fica soterrado num emaranhado de descontentamentos) nem o tempo das coisas, numa tentativa constante de alcançar o equilíbrio.

Sim, que como dizia a minha avó "no meio é que está virtude".

(os que me conhecem sabem que gosto de palavras "antigas", provérbios e outros que tais... e que eu própria sou meia antiga, uma mistura apurada - espero eu - do bom de hoje e de ontem).

3 comments:

Nuno Guronsan said...

Eu gostava de acreditar mais.
Ultimamente não tem sido fácil conseguir acreditar.
Talvez me deva sentir contente porque ainda não resvalei para o desespero. E isso se calhar também uma forma não muito consciente de acreditar...

Vou dormir. Já nada disto está a fazer muito sentido.

Beijos.

Anonymous said...

Nem o desespero, nem a ilusão são bons conselheiros e não fazem bem ao coração e à alma.

Talvez o segredo seja conseguir acreditar (também qb) sem termos de ter tudo logo de uma vez.

Talvez isto também não esteja a fazer muito sentido.

Bjs
RF

Nuno Guronsan said...

Um pouco de desespero a deixar o sangue a ferver acho que pode ser um optimo bálsamo para a alma. Pelo menos pode deixá-la limpa para seguir em frente depois de algo que nos tenha magoado.

E depois de um vendaval de desespero, se calhar, torna-se mais fácil acreditar no que quer que seja. Pois o acreditar, o ter em fé em alguma coisa (e não estou a falar de religião), também só se torna mais fácil depois de uns quantos tropeções...

Hasta.