Friday 18 December 2009

Tinha tanto para dizer, mas faltou-me tempo para o fazer. E agora parece que o encanto se perdeu. As palavras mantêm a razão de ser, mas não o fulgor. A essência do que foi esbate-se, como se o tempo para partilhar (e reviver) as coisas fosse aquele e não outro. Nada se perdeu a não ser a aptidão para partilhar a intensidade e autenticidade mansa de momentos sobrepostos continuamente, segundos intimamente ligados entre si que nos fazem ser quem somos, que nos recordam quem fomos.

Restam apenas frases soltas, resquícios de pensamentos. Fora de ordem, sem contexto. Alguns poderão achar que sabem a que me refiro, outros associarão experiências que nada me dizem. A verdade é que apenas eu sei a realidade das minhas palavras.

Na ausência de fio condutor aqui ficam fragmentos do que foi e continua ser importante:

"quem disse que o caminho é tão ou mais importante que o destino, tinha razão. Gosto do verde, gosto de aqui vir, gosto do percurso para cá chegar. Gosto da simplicidade de comprar fruta, legumes e queijo a céu aberto. Gosto de continuar mais longe e desfrutar do peixe e do mar."

" E eu fiquei com 3 para as minhas 3 meninas.", " Às vezes as prendas valem mais pelas palavras que as acompanham."

" Não se pode ter tudo. Depois cresce."

"A música aqui não faz falta, andar a pé com os próprios pensamentos, sol e vento é do melhor que se leva da vida"

" O termo melhor amigo não faz justiça aos melhores amigos."

"Foram dias bons, o dia antes, o dia em si, e o dia depois".



2 comments:

Nuno Guronsan said...

Sendo as tuas palavras o espelho da da tua realidade interior, são portanto palavras do teu infinito particular (para citar a Marisa Monte) e, independentemente do quanto me possa relacionar ou não com elas, continuo a gostar de as ler, tenham elas a periodicidade que possam ter...

Só não concordo com uma coisa, pessoalmente é claro, a música faz-me falta, tanta como o ar ou o sol ou a brisa de verão a passar por mim...

Mas podes sempre contar comigo para um brownie recheado de calorias... :))

Beijos natalícios!

RF said...

Sim, a música faz falta, mesmo muita, muita falta. Mas o som de passearmos sozinhos já é tão preenchido que não precisa de companhia.

Até logo.
Bjs

RF