Saturday 3 April 2010

Ir sem destino particular, nem horário concreto. Demorar-me no momento, dando tempo ao tempo, dando-me tempo a mim. Ser, respirar. Libertar-me dos fios e das suposições, do que é assumido, do que é suposto, do que os outros querem, do que já se tornou hábito. Buscar uma paz que vem de dentro, que é suave. Não pensar em demasia, não planear mais de que se parte e se regressa, deixando a viagem, o percurso desenrolarem-se a seu belo prazer. Entrar nas páginas de um livro, embrulhar-me na história, e esquecer o resto, simplesmente porque esqueço e não porque faço por esquecer. Admirar-me com a simplicidade das coisas simples, que redimem as maleitas do dia-a-dia.

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