E não é que o raio do mundo teima mesmo em viver. Não desiste, não esmorece, não morre na esquina.
(E não é que parece que cada um à sua forma, lá vai encontrando o caminho, crescendo, saboreando os anos que - esperemos - nos apurarão como ao vinho do Porto).
Friday, 19 November 2010
Thursday, 18 November 2010
Há esperança. Esperança que o mundo apenas tenha dado mais uma volta e afinal, na sua infinita sabedoria, tenha decidido que ainda é cedo para acabar, quanto mais a uma quinta-feira. Poderá estar mais frio, mas isso é apenas uma consequência da nova localização. E ainda que aconteçam pequenas coisas enervantes que lembram um pouco tempos passados, a mudança está concretizada e definitivamente há pequenos pormenores que começam a revelar-se, o véu levanta-se e de repente apercebemo-nos que nem tudo está realmente na mesma.
E que bom é ouvir os pássaros a cantar.
E pronto, de volta ao mundo real. Ou como se costumava dizer, de volta ao Portugal profundo.
E que bom é ouvir os pássaros a cantar.
E pronto, de volta ao mundo real. Ou como se costumava dizer, de volta ao Portugal profundo.
Thursday, 4 November 2010
Estava aqui a lembrar-me de um programa de televisão que havia, penso que na minha infância, no qual em cada episódio era contada uma história daquelas que os nossos avós contavam à volta da fogueira, para que as longas noites de inverno fossem menos frias. Mas o que era realmente engraçado nesse programa era a forma como iam aparecendo desenhadas as ilustrações da história que se contava, os desenhos que iam nascendo naquilo que parecia uma tela de papel vegetal. Ouvíamos as palavras e víamos os desenhos e havia uma estranha mas notável sintonia naquilo tudo. Quase parecendo nascer ao mesmo tempo.
E porque pensava eu nisto?
Porque se calhar era tão mais fácil se pudéssemos desenhar a nossa vida assim, livre de amarras e enquanto alguém narrava o final feliz pelo qual todos nós ansiamos.
A sério, pelo menos por uns tempos.
E porque pensava eu nisto?
Porque se calhar era tão mais fácil se pudéssemos desenhar a nossa vida assim, livre de amarras e enquanto alguém narrava o final feliz pelo qual todos nós ansiamos.
A sério, pelo menos por uns tempos.
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