Sunday 1 September 2013

Vou aproveitar este cansaço que ocupa cada centímetro de mim, que me envolve como um cobertor felpudo e leve, como se o meu corpo se quisesse abraçar a ele mesmo, consolar-se das suas pequenas tristezas, dos erros que lhe inflijo.

Vou aproveitar e dedicar-me ao livro que dei, e que agora me emprestam, que fala de chás, de entregas, de intimidade, que também ele me abraça, me conforta.

Vou usufruir do bem-estar do banho que tomei, dos convívios que o dia trouxe, e do corpo rendido ao exercício físico com cheiro a pinheiro e aragem campestre em plena cidade.

Vou desligar o computador, e esticar-me na cama, e quiçá fechar os olhos num virar de página que se avizinha. O jantar, esse só vem, se o corpo se lembrar que afinal quer comer. A barafunda fica lá fora, do outro lado da porta. Vou-me afundar na calma da brisa que passa pela janela e cumprimenta a minha pele.

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