Thursday, 26 February 2009

Os últimos dias têm visto o mundo quase que renascer à minha volta. Pode mesmo dizer-se que as nuvens se têm afastado para dar lugar a coisas nunca antes vistas e que me têm deixado de boca aberta, perante a beleza de locais, pessoas, sons, e visões que eu nunca esperaria ver.

Terei entrado para a quinta dimensão? Se isso aconteceu de facto, nada tem a ver com a quinta dimensão a que fui acostumado, onde se entrava para mundos onde a razão deixava de existir, onde extraterrestres se preparavam para nos cozinhar em lume brando, onde nos tornávamos na única pessoa à face da terra, ou simplesmente deixávamos de ter o aspecto que sempre tivémos para nos transformarmos no pior dos nossos mais horrendos pesadelos.

Poderá haver uma quinta dimensão genericamente boa, estilo good cop, bad cop? Se há, ela acabou de entrar pelo meu próprio mundo adentro. E trata-se de uma invasão muito bem-vinda. Enquanto isso implicar viagens além-linha, caminhos percorridos a pé sem cansaço, notícias profissionalmente inesperadas e quase a roçar o surrealista, sons inebriantes e quentes, danças desajeitadas mas impelidas pela força do nosso coração, e a luz constante a banhar as nossas faces, terei sempre o maior gosto em ser o convidado especial desta quinta dimensão.

Até porque o mundo já tem demasiadas coisas a funcionarem a apenas duas dimensões, sem profundidade ou perspectivas decentes.


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