Wednesday, 25 November 2009

Marés-vivas fora de horas, dando a quem quisesse uma tarde banhada a mar e sol de inverno. O rebentar das ondas, impondo respeito, cativando num ritmo simultaneamente imponente e apaziguador, gerando espuma em catadupas, lembrando erupções vulcânicas feitas de neve marítima... possibilitando um desprendimento perfeito.

Não sei como seria a minha vida se não tivesse tido oportunidade de ver o mar, de me habituar a contar com ele para curar as maleitas da alma, e até do corpo. Sei que se hoje me faltasse, a minha vida seria inevitavelmente mais cinzenta e pesada, mais desprovida de leveza.

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