Tuesday 25 October 2011

A chávena de chá estava quente, quente o suficiente para lhe queimar os lábios quando tentou beber o primeiro gole. Retraiu-se retraindo uma espécie de lágrima. Precisava de conforto e naquele momento aquela chávena de chá era o seu cobertor, o seu sofá o seu abraço profundo. Respirou fundo, não podia dizer que estivesse triste, não, naqueles últimos tempos era acometido por uma sensação de estar, apenas estar, como se tivesse ultrapassado a tristeza, a desilusão, e tudo mais, e apenas sobrasse uma resignação mansa.

4 comments:

Nuno Guronsan said...

Chegou o Outono. Nada a fazer. Apenas aguentar o embate, não desesperar com a noite súbita ao fim da tarde, e pensar que o dia de amanhã vai ser menos frio e cinzento.

:)

Anonymous said...

e de preferência sem água a entrar pela casa a dentro e infiltrações levadas da breca...

beijo grande,
RF

P.S. só para dizer que os biscoitos ficaram uma delíciiiia... se calhar este ano são todos corridos a experiências culinárias no Natal :)

Nuno Guronsan said...

Água a entrar pela casa dentro? Sem bater à porta primeiro?? Isso não é nada bem-educado... ;)

Podes correr comigo com biscoitos a rodos... :))

Beijocas e sem água!

RF said...

Realmente a chuva não se sabe comportar...onde é que já se viu invadir a casa do vizinho e não contente com isso, entrar pela minha casa sem notificação ou pré-aviso.


(Biscoitos will be)

Beijos
RF