Hoje ajudei o mundo a renovar-se a um Sábado. Um gesto que me encheu de boa disposição e bem-estar. Um tempo de convívio e de risota.
http://www.plantarumaarvore.org/
(Porque a vida - graças a Deus - não é - só - feita de facebooks, centros comerciais e outra coisas no género. Antes pelo contrário. Para o ano não há dúvidas: estou lá. E entretanto vou visitando as minhas novas amiguinhas)
Saturday, 26 November 2011
Tuesday, 15 November 2011
Saí porta fora com leveza nas pernas, e a musiquinha do teu blog a embalar-me o caminho. Uma certa pressa de chegar, de sair. Uma certa pressa de espreguiçar a mente e sorrir a todos os estranhos que me aparecessem pela frente. Como eu gosto de sorrir a estranhos. E como gosto de receber sorrisos de volta (sejam eles de agradecimento, de uma certa incredulidade, de quem pensa que conhece, mas não se lembra de onde).
Há coisas em mim que ninguém, nem nada vão apagar. Essa é uma delas. Pode haver dias em que não me apeteça sorrir, ou o sorriso seja tímido e embalado por uma certa tristeza, mas no âmago de mim os sorrisos multiplicam-se de forma quase inesgotável. E é com um sorriso rasgado de felicidade que me lembro da senhora do autocarro, dos seus dois beijinhos, e dos seus dois sacos pesados que ajudei a carregar (apesar dos teus meios protestos).
Há coisas em mim que ninguém, nem nada vão apagar. Essa é uma delas. Pode haver dias em que não me apeteça sorrir, ou o sorriso seja tímido e embalado por uma certa tristeza, mas no âmago de mim os sorrisos multiplicam-se de forma quase inesgotável. E é com um sorriso rasgado de felicidade que me lembro da senhora do autocarro, dos seus dois beijinhos, e dos seus dois sacos pesados que ajudei a carregar (apesar dos teus meios protestos).
Thursday, 10 November 2011
Enrolou-se no sofá, puxou a manta e fechou os olhos. Deixou-se ficar, com a televisão como música de fundo e a luz esbatida do candeeiro do canto. Os minutos passaram; nem um movimento. Nada, nem ninguém se mexeu. As paredes impávidas e serenas, permaneceram senhoras de si, alheias ao que se passava. O silêncio era-lhes indiferente. A aparente ausência de movimento, de vida era na realidade uma ilusão. A sua cabeça passava de pensamento em pensamento, de constatação para constatação, e a alma cansada de sofrimento deglutia tudo como se a dor não lhe pertencesse, como se tivesse ganho ao mundo e fosse tudo o que queria ser, sem limitações e entraves. Amarrotou a carta que segurava na mão direita, inconsciente do movimento, decidindo que não a releria, e que aquela era, tinha de ser, uma página virada da sua vida. Apeteceu-lhe levantar-se e arrumar os armários. Pensou que não deixava de ser revelador a necessidade que tinha de arrumar a casa, quando tinha de arrumar a vida. Mas deixou-se ficar puxando a manta mais um bocadinho. A televisão continuava lá, a debitar imagens e sons que se perdiam sem recetor. Continuou numa espécie de limbo mental e físico. Continuou num mundo só seu.
(e não é que acertei em mais uma quinta-feira... o bolo está no forno, e a contagem decrescente já começou - se para mais ninguém, para mim -).
(e não é que acertei em mais uma quinta-feira... o bolo está no forno, e a contagem decrescente já começou - se para mais ninguém, para mim -).
Thursday, 3 November 2011
Dói-me a tua ausência com ganas de gritos mudos e silêncios contemplativos e apáticos. Fazes-me falta, como me faz falta a alma, o coração. És parte de mim. Não consigo deixar de me preocupar. De imaginar com se embala a dor em ti, que abraços te farão falta. Triste a forma como a nossa história se pronuncia, cheia de sintonia e partilha, cheia de cortes e desenganos. Áspera a necessidade de termos distância entre nós. Pungente a saudade que se mistura com a vontade de presença. Como se fôssemos simultaneamente veneno e cura.
Cortante o peso do vazio em cada um de nós.
(e não é que desta vez foi mesmo a uma quinta que a escrita se deu)
Cortante o peso do vazio em cada um de nós.
(e não é que desta vez foi mesmo a uma quinta que a escrita se deu)
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