Thursday 8 January 2009


(Imagem retirada daqui.)

Aqui continuo inteiro.
Ainda trancado em casa, mas com menos borbulhas.
Nem todas as epidemias que assolam este país (ou as pseudo-epidemias, no meu caso) são suficientes para acabar com o que quer que seja. As pessoas continuam a correr de um lado para o outro, preocupadas com as contas, com o jantar, com o que vai acontecer com a alice da telenovela das nove. Tudo continua a sair de casa pela manhã, apenas para ao final da tarde voltarem todas ao subúrbio do seu coração, seja ele mais perto de lisboa, ou mais perto de sintra. Olha-se à volta e tudo parece igual. Seja na avenida dos bons amigos, na estrada de benfica, ou mesmo no passeio das tágides. Long Live Corbusier & Ca.

Esta semana o mundo continua de pé.
Ao contrário de outras partes do planeta, onde parece desabar sob o efeito de mísseis terra-ar ou rockets com nome de bar do cais do sodré. Porquê? Porque sim. Nesses pedaços de terra tão apetecidos, não há razões válidas para acabar com o mundo, simplesmente é assim e cabe-nos apenas assistir, impávidos e serenos.

Continuo sem companhia.
Talvez para a semana, se se lembrarem.



"Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter..."

movimento perpétuo associativo, Deolinda

2 comments:

Cate said...

Ainda bem que o mundo continua de pé.
Ainda bem que não estamos noutra época, em que serias julgado por suspeita de uma qualquer prática religiosa.
No fundo, ainda bem que tudo e todos continuam a correr como habitualmente, sem se preocuparem se o mundo vai acabar na quinta feira seguinte.

Continua impávido e sereno, já não faltará muito para voltares a participar no burburinho da cidade sem que te olhem de lado.

Beijos.

Nuno Guronsan said...

Não há muito que se possa fazer, não é? Como dizia o outro, só estamos bem onde não estamos. Provavelmente quando voltar a participar no burburinho da cidade, sem os esgares de receio ou asco que apenas vejo dentro da minha cabeça, provavelmente nessa altura vou mesmo pensar que estava bem era em casa, refugiado do resto do mundo. Um mundo que, queiramos ou não, vai lentamente acabando, mais não seja com as acções do macaco mais inteligente que este mundo alguma vez viu...

Ou então deve ser apenas e só por causa do frio...

:)


Beijos.