Não sei se foi o cansaço da alma que extravasou para o corpo, ou cansaço do corpo que extravasou para a alma. O facto é que estou exausta. E ambos corpo e alma reclamam pequenas e grandes maleitas.
O cansaço pesa-me em todos os músculos, como se algo pressionasse de verdade o meu corpo. Uma dor física que traduz muito do que vai em mim. A minha mente demora-se em tarefas familiares, ignorando (as minhas) chicoteadas psicológicas ou pedidos singelos. E uma espécie de tristeza, que teimo em rejeitar, mostra-se logo ali, ao virar da esquina. Nem a ventania que se fez sentir, me arejou por completo.
Parece que o meu corpo (ou alma, ou talvez os dois em cabala holística contra mim) se cansou de me deixar recados carinhosos aqui e ali, de me dizer simpaticamente que estava na altura de abrandar, e sem mais, nem ontem, me cortou acesso, me negou poder de decisão.
Porque nestes últimos dias não me é permitido exigir, é-me exigido que permita descansar.
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